Teresina registra três mortes por mal súbito em uma semana; Especialistas recomendam prevenção

Teresina (PI) – A capital piauiense registrou, em apenas uma semana, **três casos de morte de mulheres por mal súbito**, o que acendeu o sinal de alerta entre especialistas em saúde cardiovascular quanto à necessidade de atenção aos sintomas, fatores de risco e à prevenção.

Casos recentes na capital

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Entre os casos divulgados estão:
• A médica Maria Gláucia da Costa Veloso, de 62 anos, passou mal durante plantão no Hospital de Terapia Intensiva (HTI), em Teresina, e não resistiu.
• A empresária Rayze Macedo Hosternes, 34 anos, proprietária de loja de joias em Teresina, sofreu um mal súbito em casa durante chamada de vídeo com a irmã, foi internada em UTI e faleceu no dia 25 de outubro. 

• A professora, mestre em Educação e sindicalista Adnaid Rufino, morreu na segunda-feira (27), em Teresina.

O contexto revela a emergência da situação, conforme relatos de óbitos por mal súbito no município.

Por que o fenômeno preocupa?

O termo “mal súbito” se refere a uma manifestação repentina de colapso sistêmico ou cardiológico, neurológico ou respiratório, que se não tratada imediatamente pode evoluir para morte súbita. :contentReference[oaicite:5]{index=5}

Especialistas chamam atenção para alguns pontos:

• As mulheres, historicamente, eram menos associadas às doenças cardiovasculares, mas essa realidade mudou. O infarto e outras doenças do coração já são “mal silencioso” entre o sexo feminino.
• Fatores de risco como hipertensão, diabetes, colesterol elevado, sedentarismo, tabagismo, estresse elevado e mesmo história familiar de doença cardíaca estão associados a maior risco de mal súbito. 
• Eventos cardiovasculares podem se manifestar com sintomas atípicos nas mulheres ou serem subestimados — o que reduz a chance de diagnóstico/prevenção. 

No cenário de Teresina, três casos em curto espaço de tempo entre mulheres reforça a necessidade de chamar a atenção da população, dos serviços de saúde e da mídia para este tipo de ocorrência.

Como prevenir: orientações dos especialistas

Para reduzir o risco de mal súbito, médicos e cardiologistas recomendam:

• Consulta regular ao cardiologista ou clínico-geral, especialmente se houver histórico familiar de doenças cardíacas. 
• Realização de exames de rotina: pressão arterial, glicemia, colesterol, função renal, ECG conforme prescrição médica. 
• Adoção de hábitos saudáveis: alimentação equilibrada, manutenção de peso saudável, prática regular de atividade física adaptada, evitar tabagismo e consumo excessivo de álcool.
• Controle de doenças crônicas: tratar e manter sob controle hipertensão, diabetes e dislipidemias (colesterol/triglicerídeos). 
• Estar atento a sinais de alerta — como dor ou desconforto no peito, desmaios, palpitações, falta de ar, sudorese intensa — e procurar atendimento imediato. 

Embora não seja possível atribuir todos os casos ­– especialmente em mulheres ­– exclusivamente a um único fator, o registro de três mortes por mal súbito em mulheres numa semana em Teresina configura um **alerta**. A prevenção não garante 100% de proteção, mas aumenta muito as chances de identificação precoce, tratamento e sobrevivência.

Para a população local, vale lembrar: manter o acompanhamento médico, não ignorar sintomas, e promover a saúde cardiovascular são atitudes fundamentais.