Alerta: Segundo a OMS, solidão já mata quase 1 milhão de pessoas por ano

Dados revelam que mais de 100 pessoas morrem por hora em decorrência de problemas ligados à solidão
Por Redação

Foto: reprodução Foto Ilustrativa
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A solidão afeta uma em cada seis pessoas no mundo e está associada a cerca de 100 mortes por hora, o que representa mais de 871 mil mortes por ano, de acordo com um novo relatório da Comissão sobre Conexão Social da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O documento destaca os profundos impactos negativos da solidão e do isolamento social na saúde física e mental da população global.

Segundo o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, “nesta era em que as possibilidades de conexão são infinitas, cada vez mais pessoas se sentem isoladas e solitárias”.

Ele alerta que, se não forem enfrentados, esses problemas continuarão a gerar enormes custos para a sociedade em áreas como saúde, educação e trabalho.

No Brasil, embora ainda não existam dados consolidados, especialistas já observam um crescimento acentuado de sintomas relacionados à solidão, como ansiedade, depressão, distúrbios do sono e até doenças cardiovasculares. De acordo com o psicólogo Ítalo Silva, coordenador do curso de Psicologia da Estácio, o tema exige atenção não apenas da área da saúde, mas de toda a sociedade.

Segundo a OMS, os efeitos da solidão são equivalentes aos riscos de fumar 15 cigarros por dia, e superam inclusive os relacionados à obesidade física. Crianças, adolescentes, idosos e até trabalhadores em home office estão entre os mais vulneráveis ao problema. Os efeitos da solidão são graves. Como aponta o relatório, a falta de conexão social aumenta o risco de AVC, doenças cardíacas, diabetes, declínio cognitivo, depressão, ansiedade e até suicídio.

A solidão também compromete a aprendizagem e o emprego: adolescentes solitários têm 22% mais chance de notas baixas, enquanto adultos nessa condição enfrentam dificuldades para manter empregos e progredir financeiramente.

Como resposta, a OMS propõe um plano global com cinco frentes: políticas públicas, pesquisa, intervenções práticas, formas aprimoradas de medição — incluindo a criação de um índice global de conexão social — e campanhas para engajamento da sociedade.

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