Sesapi realiza busca ativa de tuberculose latente na Penitenciária de Altos

Ação da Sesapi visa detectar tuberculose em grupo vulnerável.
Por Elisangela Pegado

Foto: Ascom Sesapi Sesapi realiza busca ativa de tuberculose latente na Penitenciária de Altos
Sesapi realiza busca ativa de tuberculose latente na Penitenciária de Altos

A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) está realizando uma busca ativa para identificar casos de tuberculose latente na Penitenciária Capitão Carlos José Gomes de Assis, em Altos. Esta ação ocorre entre 1º e 5 de setembro de 2025 e tem como alvo a população privada de liberdade, reconhecida por sua alta vulnerabilidade à doença.

O procedimento inclui a aplicação e leitura da Prova Tuberculínica (Derivado Proteico Purificado – PPD), um método essencial para detectar precocemente a tuberculose latente. A iniciativa é um esforço conjunto com a Secretaria de Justiça do Estado (Sejus), especificamente com o Setor de Humanização, promovendo um trabalho integrado no sistema prisional.

A supervisora de Tuberculose da Sesapi, Ivone Venâncio, destacou a importância do ambiente prisional no combate à doença, devido às condições que favorecem a sua transmissão. A busca ativa visa quebrar a cadeia de transmissão, protegendo tanto os internos quanto os profissionais que atuam no sistema prisional e, em última análise, a comunidade mais ampla.

A tuberculose (TB) é uma doença causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, principalmente nos pulmões. Em 2022, houve 10,6 milhões de novos casos e 1,1 milhão de mortes. No Brasil, em 2024, foram registrados mais de 85 mil novos casos, com uma taxa de incidência de 40,1 por 100 mil habitantes.

O Brasil está entre os 30 países com maior carga de tuberculose no mundo, junto com o Peru na América Latina. Além disso, é o único na região a figurar em duas categorias de alta carga: tuberculose e coinfecção TB-HIV. A Organização Mundial da Saúde (OMS) planeja reduzir a incidência da doença em 90% e a mortalidade em 95% até 2035.

Com essa iniciativa em Altos, a Sesapi e a Sejus reafirmam seu compromisso em ampliar o acesso ao diagnóstico, reduzir a transmissão e proteger grupos vulneráveis, especialmente a população carcerária.