JAXA e NASA avançam nas pesquisas sobre cavernas lunares — o futuro lar dos astronautas?
Essas formações, testemunhas de um passado vulcânico que remonta a bilhões de anosA Agência Espacial Japonesa (JAXA) e a NASA ampliaram pesquisas sobre as cavernas vulcânicas da Lua, uma descoberta capaz de transformar a exploração espacial nas próximas décadas. Essas formações, testemunhas de um passado vulcânico que remonta a bilhões de anos, surgem como candidatas naturais a abrigo seguro para futuras missões humanas.
Entre os principais atrativos dessas estruturas estão a proteção contra radiação e impactos de micrometeoritos, além da possibilidade de conter gelo — um recurso estratégico para a produção de água e combustível no espaço.
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Regiões e descobertas
Áreas como o Mar da Tranquilidade e as Colinas Marius figuram entre as mais promissoras. Desde 2013, imagens e dados obtidos por sondas vêm apontando para poços e entradas que podem levar ao interior lunar, revelando corredores subterrâneos que permanecem protegidos das condições extremas da superfície.
O que são cavernas vulcânicas?
As cavernas vulcânicas são, em essência, tubos de lava — canais formados quando a lava que correu pela superfície se resfriou nas bordas enquanto o fluxo continuava, deixando ao final galerias ocos. Estimativas apontam para a existência de dezenas dessas estruturas, embora o número exato ainda dependa de novas análises.
Por que importam para a exploração humana?
Para cientistas e engenheiros, essas cavernas representam mais do que uma curiosidade geológica: são ambientes que podem oferecer condições mais estáveis e protegidas para abrigar bases lunares — reduzindo a necessidade de blindagem artificial contra radiação e micrometeoritos e amenizando as variações extremas de temperatura.
Tecnologia em ação
O trabalho atual combina imagens de alta resolução com radares de penetração e dados sísmicos obtidos por sondas como a Lunar Reconnaissance Orbiter. Esses instrumentos permitiram identificar sinais consistentes com cavidades subterrâneas e entradas em potencial — alavancando o interesse de agências e empresas privadas por missões de reconhecimento e, futuramente, exploração in loco.
Cada nova descoberta alimenta um plano ambicioso: utilizar a própria geologia lunar a favor da presença humana, reduzindo custos e riscos associados à construção de infraestrutura do zero.