Ataque terrorista em festival judaico deixa 11 mortos em praia da Austrália

Tiroteio em Bondi Beach, em Sydney, também deixou ao menos 11 feridos, incluindo policiais
Por Redação

Foto: Reprodução Tiroteio em Bondi Beach, em Sydney, também deixou ao menos 11 feridos, incluindo policiais
Tiroteio em Bondi Beach, em Sydney, também deixou ao menos 11 feridos, incluindo policiais

Um ataque a tiros ocorrido neste domingo (14/12) durante uma celebração do festival judaico de Hanukkah, na praia de Bondi, em Sydney, na Austrália, deixou ao menos 11 pessoas mortas e outras 11 feridas, entre elas dois policiais. As autoridades locais classificaram o episódio como um atentado terrorista.

Segundo a polícia de Nova Gales do Sul, dois homens armados participaram da ação. Um dos suspeitos morreu no local e o outro foi preso em estado crítico. As forças de segurança investigam ainda a possível participação de um terceiro envolvido. Ao todo, 29 pessoas foram encaminhadas a hospitais, incluindo os agentes feridos, todos em estado grave.

O governo australiano informou que o ataque teve como alvo direto a comunidade judaica de Sydney e há indícios de planejamento prévio. Imagens que circulam nas redes sociais mostram o momento em que um dos atiradores foi desarmado por um homem que estava no local. Ele foi atingido por dois tiros, no braço e na mão, e segue internado em recuperação. A imprensa local informou que se trata de um vendedor ambulante de frutas, de 43 anos.

Durante a operação, a polícia encontrou em um veículo estacionado nas proximidades um objeto suspeito de ser um artefato explosivo, além de outros itens considerados perigosos. A área foi imediatamente isolada para atuação de equipes especializadas em desativação de bombas.

O diretor-geral da agência de inteligência australiana afirmou que está em curso a análise do perfil dos atiradores e a investigação sobre possíveis ameaças semelhantes. Segundo ele, o nível de alerta terrorista no país permanece elevado.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou que, até o momento, não há registro de brasileiros entre as vítimas. As investigações seguem para esclarecer todos os detalhes do ataque.

Autoridades israelenses reagiram de forma contundente ao atentado. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, responsabilizou o governo australiano por ignorar sinais de alerta sobre o crescimento do antissemitismo no país. Em carta lida durante reunião de governo, Netanyahu criticou a postura do primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, em relação ao apoio a um Estado palestino.

O presidente israelense Isaac Herzog e o ministro das Relações Exteriores Gideon Saar também divulgaram declarações duras, afirmando que o ataque é resultado do avanço do extremismo e do ódio contra judeus na Austrália. Ambos cobraram ações mais firmes das autoridades locais para conter o antissemitismo.

A polícia australiana confirmou que o ataque teve como alvo o evento “Chanucá à Beira-Mar”, realizado em uma das praias mais conhecidas de Sydney. Indícios da presença de múltiplos dispositivos explosivos improvisados seguem sob investigação.

O comissário de polícia de Nova Gales do Sul afirmou que unidades especializadas continuam atuando no local e reforçou que o nível de ameaça no país segue classificado como “provável”.

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