MP instaura procedimentos para prevenção de acidentes no ambiente escolar após morte de menina
Foram expedidos ofícios ao Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do EstadoO Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), por meio da 38ª promotoria de Justiça de Teresina, instaurou, nesta sexta-feira (8), procedimentos administrativos com o objetivo de verificar a existência de medidas estruturais e pedagógicas voltadas à prevenção de acidentes no ambiente escolar nas escolas das redes privada, pública e estadual de Teresina.
Para a elaboração dos documentos, foi considerada a necessidade de que todas as escolas públicas e privadas adotem medidas preventivas e protocolares voltadas à segurança física dos alunos, garantindo espaços escolares seguros, acessíveis e adequados.
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A Lei Federal nº 13.722/2018, conhecida como Lei Lucas, também é mencionada no documento. Ela torna obrigatória a capacitação em noções de primeiros socorros a professores e funcionários de estabelecimentos de ensino públicos e privados de educação básica e de recreação infantil, com o intuito de propiciar a atuação imediata e adequada diante de situações emergenciais que envolvam crianças e adolescentes.
Foram expedidos ofícios ao Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do Estado do Piauí, com a solicitação de levantamento sobre a implementação da Lei nº 13.722/2018 e medidas adotadas pelas escolas privadas associadas para garantir a prevenção de acidentes escolares; à Secretaria Municipal de Educação de Teresina(Semec); aos Conselhos Municipal e Estadual de Educação e aos Conselhos Tutelares de Teresina, solicitando manifestação, sobre a existência de denúncias, reclamações ou registros relacionados a acidentes ou ausência de protocolos de segurança em escolas de Teresina.
A SEMEC e a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) têm 15 dias para apresentar ao MPPI:
• A relação atualizada das unidades escolares das redes municipal e estadual de Teresina;
• Cópias de atos normativos, orientações ou portarias sobre prevenção de acidentes e primeiros socorros;
• Informações sobre a implementação da Lei Lucas, incluindo cronograma de capacitações, registros de presença, entidades executoras, número de profissionais capacitados e periodicidade da formação;
• Protocolos de atendimento a acidentes, se existentes, e os responsáveis por cada unidade escolar.
Os procedimentos são assinados pela promotora de Justiça titular da 38ª Promotoria de Justiça de Teresina, Flávia Gomes Cordeiro.
A decisão ocorre após um acidente que vitimou a estudante Alice Brasil, dentro de uma escola particular de Teresina. A menina de 4 anos, morreu depois que uma outra criança brincava perto de uma penteadeira que acabou tombando por cima de Alice.