Lei prevê multa para eventos que não contratarem artistas locais no carnaval do Piauí
Eventos patrocinados com recursos públicos sem músicos locais podem ser multadosUm projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) prevê multa a organizadores de eventos que não contratatarem um percentual de músicos piauienses.
A Lei 6.777/16, promulgada pelo presidente da Alepi na data de hoje 24, obriga a contratação de 30% de cantores, instrumentistas ou bandas piauienses na abertura de shows e eventos musicais, que recebam algum tipo de patrocínio público, com cantores ou grupos musicais nacionais e internacionais.
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Caso o percentual não seja respeitado, os organizadores de eventos podem ser multados em cerca de R$5 mil e o valor dobrado em caso de reincidência. Ainda há a possibilidade de alvarás para o licenciamento de novos espetáculos não serem liberados. Ministério Público Estadual, Delegacia Regional do Trabalho, Sindicato dos Músicos e Conselho Regional dos Músicos podem ser procurados por pessoas que queiram denunciar o desrespeito à legislação. O autor da projeto de leio época foi o ex-deputado João de Deus (PT).
Novas leis buscam valorizar ainda mais os artistas
Projetos de lei que visam ampliar a valorização dos músicos locais continuam tramitando na Alepi. O deputado Dr. Marcus Vinícius Kalume (PT) apresentou, em 2023, matéria que estabelece um menor limite para a contratação dos profissionais e muda o órgão responsável pela fiscalização. O parlamentar estabelece um raio de 150km do local do evento para que os organizadores contratem pelo menos uma atração e coloca que o órgão que financiou o evento deve fiscalizar a lei.
Além de valorizar a cultura local, o deputado espera que a lei contribua para a economia. “a lei também tem como objetivo incentivar a economia local, uma vez que a contratação de bandas piauienses para se apresentar em eventos públicos pode gerar empregos e renda para os artistas e para os profissionais envolvidos na produção dos shows”, justifica Dr. Marcus Vinícius Kalume no projeto, que se encontra em análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).