Justiça concede auxílio-aluguel a vítima de violência doméstica no Piauí
A decisão foi proferida pelo juiz Georges Cobiniano Sousa de MeloO Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), por meio do promotor de Justiça Vinícius Nunes de Paula, titular da Promotoria de Justiça de Simplício Mendes, conseguiu a concessão de auxílio-aluguel como medida protetiva de urgência para uma mulher, vítima de violência doméstica. A decisão foi proferida pelo juiz Georges Cobiniano Sousa de Melo, da 1ª Vara da Comarca de Simplício Mendes, e atendeu ao pedido do Ministério Público, determinando que o município disponibilize o benefício à vítima pelo período de seis meses.
A medida está prevista no artigo 23, inciso VI, da Lei Maria da Penha, com a recente inclusão do auxílio-aluguel pela Lei nº 14.674/2023 e visa garantir maior proteção e autonomia às mulheres em situação de violência doméstica, especialmente aquelas que dependem economicamente dos agressores. No caso em questão, a vítima declarou ser dona de casa e dependente financeira do companheiro, que custeava o aluguel do imóvel onde ela residia.
Confira tabela e classificação dos campeonatos de futebol.
O promotor Vinícius Nunes de Paula destacou a importância da medida para romper o ciclo de violência.”Muitas mulheres permanecem em relacionamentos abusivos por não terem condições financeiras de se manterem longe de seus agressores. O auxílio-aluguel é uma ferramenta essencial para garantir que essas vítimas possam reconstruir suas vidas de forma independente e segura”, afirmou.
A decisão judicial determina que o município de Simplício Mendes passe a disponibilizar o benefício no prazo máximo de 15 dias, utilizando recursos previstos na Lei nº 14.674/2023. Além disso, a vítima deverá ser cadastrada na Secretaria Municipal de Assistência Social, que fará o acompanhamento necessário para garantir a efetividade da medida.
Segundo o promotor de Justiça, essa é a primeira vez que o benefício é concedido no Piauí, marcando um avanço significativo na proteção às mulheres em situação de violência doméstica. A iniciativa do representante ministerial reforça o compromisso do Ministério Público do Piauí (MPPI) com a defesa dos direitos humanos e a promoção de políticas públicas que garantam a dignidade e a segurança das vítimas de violência de gênero.
A decisão também atende às recomendações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que preveem a integração entre os órgãos da rede de proteção à mulher, como o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e a Secretaria Municipal de Assistência Social, para o acompanhamento adequado das vítimas.