Homem que matou esposa a pauladas é condenado a 25 anos de prisão em Luzilândia

A justiça do Piauí condenou Valdenor Mendes dos Santos a 25 anos de prisão, pelo assassinato da companheira, Maria Rosilene Pereira Fernandes ocorrido em 2009.

Durante o júri, o Ministério Público do Piauí, por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Luzilândia, representado pelo promotor de Justiça Diego Cury-Rad Barbosa, sustentou a tese de homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima — qualificadoras previstas no artigo 121, § 2º, incisos II, III e IV, do Código Penal. O promotor também requereu a consideração, como circunstância agravante, do fato de o crime ter sido praticado contra a companheira do réu, nos termos do artigo 61, inciso II, alínea “f”, do Código Penal.

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A defesa de Valdenor Santos alegou que ele não poderia ser responsabilizado pelos fatos por ter reduzida a capacidade de entender o caráter ilícito do ato. Além disso, foi requerida a desclassificação de homicídio qualificado para o crime de lesão corporal seguida de morte.

Após os debates, o Conselho de Sentença acolheu integralmente a tese do Ministério Público e condenou o réu por homicídio qualificado, reconhecendo todas as qualificadoras apresentadas pela acusação. Na sentença proferida pela juíza Rita de Cássia da Silva, Valdenor Santos foi condenado a 25 anos de reclusão, em regime fechado, pela prática de homicídio qualificado em contexto de violência doméstica.

Segundo o promotor de Justiça Diego Cury-Rad Barbosa, o Ministério Público atuou com firmeza na defesa dos direitos da vítima e no enfrentamento à violência doméstica, prestando um papel essencial de escuta e representação à família de Maria Rosilene.

O crime

Conforme os autos do processo, o crime ocorreu após uma discussão motivada por ciúmes, em que Maria Rosilene negou acusações de traição. Valdenor então disparou um tiro de espingarda contra a vítima, que não foi atingida. Em seguida, o homem arrastou a esposa para fora da casa e atacou ela com pauladas, causando a morte da vítima. Ainda segundo os autos, o crime ocorreu na presença das duas filhas do casal.

Na sequência, o condenado foi à casa da mãe dele e informou sobre o assassinato. Logo após, retornou ao local do crime e manteve as filhas como reféns, utilizando a espingarda. Ele se entregou à polícia horas depois.