Entenda os prejuízos do uso excessivo de telas em crianças e adultos

Segundo especialistas, tal hábito é uma ameaça ao desenvolvimento infantil
Por Redação

Foto: reprodução Foto Ilustrativa
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O uso prolongado de telas, que já era motivo de preocupação no desenvolvimento infantil, também tem trazido consequências graves para adultos. A rotina acelerada, marcada pelo trabalho remoto, redes sociais e entretenimento digital, faz com que milhões de pessoas passem grande parte do dia conectadas, aumentando os riscos para a saúde física e mental.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), crianças de até dois anos não devem ter contato com nenhum tipo de tela, e entre os dois e cinco anos o tempo deve ser limitado a, no máximo, uma hora por dia. Ainda assim, muitas passam várias horas diante de dispositivos. Entre os adultos, a média diária chega a mais de 8 horas por dia, segundo levantamento da consultoria DataReportal.

Impactos na saúde física

O tempo prolongado em frente às telas está associado a problemas como sedentarismo, aumento da obesidade infantil, distúrbios do sono e dores musculares. A exposição à luz azul emitida por celulares e computadores também pode causar fadiga ocular e comprometer a qualidade do descanso noturno.

Consequências emocionais e cognitivas

Psicólogos alertam que o uso excessivo pode dificultar o desenvolvimento da atenção, da linguagem e da capacidade de socialização. Além disso, o contato precoce com conteúdos inadequados ou violentos pode afetar o comportamento e gerar ansiedade, irritabilidade e dificuldade em lidar com frustrações.

Prejuízos sociais

Outro ponto de atenção é a substituição de brincadeiras tradicionais e da convivência com outras crianças por interações digitais. A falta de experiências presenciais pode impactar a criatividade, a empatia e o aprendizado de regras sociais importantes para a vida em grupo.

Orientações para as famílias

Especialistas recomendam que pais e responsáveis estabeleçam limites claros para o uso das telas, incentivem atividades ao ar livre, esportes e leitura, além de acompanharem o conteúdo acessado pelas crianças. A prática do chamado “uso consciente” deve ser estimulada desde cedo, para que a tecnologia seja uma aliada no aprendizado e não uma ameaça ao desenvolvimento saudável.

“O ideal não é proibir totalmente, mas ensinar a usar de forma equilibrada e com propósito”, destaca a pediatra Maria Cristina Vieira, da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Já para os adultos, a sugestão é adotar pausas regulares no trabalho, praticar atividades físicas e estabelecer horários para se desconectar, especialmente antes de dormir. “A tecnologia deve ser uma ferramenta a nosso favor, e não um fator de adoecimento. O equilíbrio é essencial”, afirma a psicóloga clínica Renata Melo, especialista em comportamento digital.

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