Governo Federal lança campanha para identificação de pessoas desaparecidas
Coleta de DNA de familiares é fundamental para alimentar Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG)O Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG), coordenado pela Polícia Federal, participa da Campanha Nacional de Desaparecidos, lançada nesta terça-feira (5/8) pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. A iniciativa incentiva a coleta de material genético de familiares para inclusão nos bancos de dados estaduais e nacional.
A partir do material genético, são produzidos os perfis genéticos dos doadores, os quais serão comparados com perfis de pessoas com identidade desconhecida, principalmente as internadas em instituições de saúde ou assistência social, ou ainda com perfis obtidos em restos mortais não identificados. Desde a abertura da seção de desaparecidos no Banco Nacional de Perfis Genéticos, em 2019, já foram identificados 44 vínculos genéticos de familiares com desaparecidos.
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Somente a partir da campanha promovida no ano passado, segundo dados do BNPG, foram confirmados 13 vínculos genéticos (sete vínculos com material genético fornecido por um único parente e outros seis vínculos com amostras doadas por diversos familiares). A esse resultado também se somam os vínculos obtidos localmente, pelos bancos estaduais e do Distrito Federal, cujos resultados são compilados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública.
Adicionalmente, com a colaboração dos escritórios locais da Interpol no Brasil, a Perícia da Polícia Federal promoveu, até maio deste ano, a coleta de material genético de 61 familiares das 87 pessoas desaparecidas brasileiras que figuram na lista de Difusão Amarela da Interpol, relação especialmente criada para a busca por pessoas desaparecidas que, sabidamente ou provavelmente, se encontram no estrangeiro.
Com isso, essas pessoas passaram a integrar os registros do i-Familia, serviço da Interpol que permite a busca por pessoas desaparecidas pela comparação de DNA em escala global, ampliando ainda mais as possibilidades de sucesso na busca por informações sobre os familiares desaparecidos. Atualmente, a participação do Brasil no i-Familia da Interpol também se destaca pela disponibilização de informações sobre 11.174 perfis genéticos de restos mortais não identificados, auxiliando os estrangeiros a buscar informações sobre familiares que podem ter morrido no nosso país.